sábado, 28 de abril de 2012

Entrevista com Marlon Reis sobre a Ficha Limpa e as eleições.


Congresso em Foco – O que o livro “Direito Eleitoral Brasileiro” apresenta de novidade na área?
Márlon Reis – O Direito Eleitoral foi profundamente transformado por duas leis de iniciativa popular. Uma, a lei 9840, de 1999, que tornou possível a cassação por compra de votos e por uso eleitoral da máquina administrativa, e, agora mais recentemente, pela Lei Complementar 135/90, que é a Lei da Ficha Limpa. Essas duas leis alteram profundamente o Direito Eleitoral brasileiro. Então, eu posso afirmar sem nenhum exagero que há um novo Direito Eleitoral, que não é só baseado na lei, mas cuja constitucionalidade já foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. A intenção do livro é fazer uma análise geral de todo o Direito brasileiro, em todas as suas fases, dentro dessa nova ótica inaugurada pela própria sociedade através de suas iniciativas populares.
Tem um capítulo inteiro que dedico às condições de inelegibilidade. E lá, cada dispositivo da Lei da Ficha Limpa é analisado profundamente, sendo que eu aproveito a oportunidade para revelar todas as concepções que estavam por trás de cada mudança mais essencial da Ficha Limpa. Inclusive, aspectos que não têm sido devidamente lembrados ou mencionados e que são muito importantes. As pessoas costumam ver a ficha limpa apenas por conta da inelegibilidade dos condenados, mas na verdade a Lei da Ficha Limpa muda muito o Direito Eleitoral. Por exemplo, ela faz com que os processos que tratam de corrupção eleitoral, tenham prioridade na justiça eleitoral durante todo o seu período de duração.
Antes, essa prioridade era dada somente durante o período eleitoral, depois eles caíam na vala comum da morosidade processual. Agora não. Eles são prioritários. São processos importantíssimos para a sociedade. Tem que haver uma resposta. Inclusive, o Conselho Nacional de Justiça tem que fiscalizar o rápido andamento desses processos, e exigir que seja dada uma resposta para a população sobre os casos de corrupção em eleições.
Outro aspecto importantíssimo é sobre o reconhecimento de abuso de poder. Não se exige mais para o reconhecimento de abuso de poder político e econômico, que haja um potencial impacto no resultado da eleição. Antigamente, a jurisprudência exigia que a prática do ato abusivo tivesse sido suficiente para alterar o resultado da eleição. Então, isso tornava praticamente impossível a aplicação das medidas porque se houvesse uma diferença muito grande de votos entre o primeiro e o segundo colocado, eles deixavam de aplicar a medida, mesmo reconhecendo que houve o abuso por dizer que não foi aquele abuso que alterou a realidade eleitoral.
Agora, não é mais possível para a Justiça eleitoral considerar o resultado. Ela tem que verificar apenas a ilicitude do ato. Por exemplo, se uma pessoa distribuísse uma cesta básica e tivesse mil votos de diferença em relação ao segundo colocado, no entendimento anterior era de que não houve influência no resultado do pleito porque houve muito mais votos do que aquele ato que foi descoberto. Mas agora não pode mais ser assim. Basta ser visto que ele praticou um ato ilegal e aí já é o suficiente para que haja a punição, incluindo a inelegibilidade decorrente de abuso de poder. Então são muitos aspectos que a lei tem que não foram devidamente abordados no debate público que existe sobre ela.
Então, para todos os interessados, não só os juristas, mas para membros da sociedade, os pesquisadores da ciência política, da sociologia, o conhecimento da Lei da Ficha Limpa está tratado no livro de maneira integral, não só apenas os mais mencionados. Ele relê o Direito Eleitoral sob a ótica das inovações promovidas pela sociedade civil. Então, eu afirmo no livro que nós estamos diante de um novo Direito Eleitoral orientado por uma nova ótica e um novo conjunto de princípios. E sob essa nova ótica do Direito Eleitoral, transformado pela própria sociedade é que todas as instituições eleitorais são relidas, não apenas a essas que dizem respeito à Lei da Ficha Limpa ou a que fala sobre a compra de votos, mas todo o Direito Eleitoral é reanalisado a partir dessa nova perspectiva, que é contemporânea e já referendada pelo STF e pelo Tribunal Superior Eleitoral. Então, a ideia é mostrar como compreender, a luz do que já decidiu o STF e o TSE, quais são as instituições eleitorais que estão em vigor no Brasil.
Quais são os outros principais pontos da Lei da Ficha Limpa e quais são suas principais implicações práticas?
Os fatores que irão ensejar a maior aplicação dessa lei são os relacionados a práticas de crimes contra a administração pública, atos de improbidade administrativa, de renúncias praticadas por mandatários para escapar de punições e, talvez, o fator de maior destaque e que vai gerar o maior número de casos de inelegibilidade é o da rejeição de contas públicas, de gestores que no passado geriram recursos públicos, que tiveram sobre seu controle verbas públicas e que as desviaram em proveito próprio ou de terceiros. Nesses casos detectados pelos tribunais de contas, serão o maior fator de inelegibilidade esse ano.
A justiça eleitoral está preparada para lidar com a demanda de recursos que poderão ser apresentados em razão da rejeição de contas?
Todos os anos, já havia uma grande corrida à Justiça na véspera das eleições buscando alcançar essas medidas liminares. Mas o fato de se pleitear não significa que automaticamente essas liminares serão concedidas. Nos casos em que não haja um sinal muito claro de que possa ter havido uma injustiça na rejeição das contas, a Justiça simplesmente nega essas liminares. Então, os que tiveram as liminares negadas, não serão candidatos. Além disso, a jurisprudência já tem evoluído no sentido de que quando se verifica que o pedido foi feito nas vésperas das eleições exclusivamente para embasar o pedido de candidatura, não se deve considerar afastada essa inelegibilidade.
Com a aplicação da Lei da Ficha Limpa, o número de pessoas inelegíveis deverá aumentar?
O número deve se manter como nos outros anos. O que acontece é que no passado, não bastava estar na lista do tribunal de contas para estar inelegível. Era preciso que a inelegibilidade fosse confirmada pela Câmara de Vereadores. Agora não é mais assim, essas pessoas já estão todas inelegíveis.
A Justiça passa a se preocupar mais com a forma como os votos foram obtidos do que com o resultado de uma eleição? O que essa mudança significa?
Exatamente. Quando a Justiça eleitoral tinha que ficar verificando se houve uma potencialidade de impacto no resultado do pleito, ela se preocupava com o resultado da eleição. Não é papel da Justiça se preocupar com resultado de eleição. Ela tem que se preocupar com a maneira como os votos foram obtidos. O papel da Justiça é fiscalizar o comportamento dos candidatos ao longo do pleito e é indiferente o resultado das eleições. E isso tem um impacto prático muito grande, pelo menos em um aspecto. Agora será possível mover ações inclusive contra candidatos que perderam. Quando se exigia que houvesse um resultado positivo na eleição, alcançado pelo candidato por causa do abuso, então os perdedores não podiam ser processados.
Então, agora mesmo quem perdeu a eleição pode sofrer um processo por abuso de poder econômico ou político, se houver praticado, e ficar inelegível para as próximas eleições. Agora, todos respondem, tanto os que venceram quanto os que perderam. É uma mudança de postura e de ponto de vista e é uma de valores. É uma mudança ética e portanto atinge os próprios valores das instituições eleitorais brasileiras.
Qual será o impacto da Lei da Ficha Limpa nas eleições municipais deste ano e nas próximas?
As principais mudanças serão de médio e longo prazo. Porque agora os políticos vão começar a se preocupar mais com seus atos. Por exemplo, a rejeição de contas vai tirar a pessoa por oito anos da vida pública. Então, vai ser preciso analisar com muito mais cuidado cada ato a ser praticado. Então, há a expectativa de uma redução significativa do volume de recursos desviados nas áreas de políticas de educação, saúde, transporte, meio ambiente, alimentação. A nossa expectativa é de que a lei interfira no comportamento dos mandatários que saberão que seus atos tem consequências, e consequências graves, já que não há nada mais importante para uma pessoa que ocupa o poder, de nele permanecer. E a Lei da Ficha Limpa tem o mérito de atingir o bem mais desejado e mais importante para essas pessoas que é o mandato.
Fora do âmbito jurídico, a lei da Ficha Limpa é um instrumento de conscientização da população? Ainda que a lei não seja aplicada em determinada situação, a simples discussão do tema já ajuda a evitar a eleição de candidatos corruptos?
Com certeza. Agora mesmo em Cuiabá, um grupo de estudantes secundaristas está organizando uma campanha que fará para levantar o passado, não apenas dos que vão ficar inelegíveis, mas de todos os políticos, e eles vão publicar as informações processuais de todos os candidatos. Isso é um exemplo de como as coisas estão mudando. Inclusive, o MCCE vai estimular a replicação dessa experiência. Nós consideramos também que a Lei da Ficha Limpa contém valores que já afetaram significativamente a sociedade brasileira. O tema do passado dos candidatos era considerado secundário ou irrelevante e agora ele compõe o centro dos debates políticos brasileiros. Todos os candidatos tentam se esforçar para demonstrar que não têm problemas criminais ou outros problemas do seu passado. Isso já é um impacto cultural que certamente amplia os efeitos da Lei da Ficha Limpa.
O nível de complexidade do raciocínio da população também está aumentando na hora de definir em quem votar. Utilizar outros elementos, elementos novos que não eram observados e que são fundamentais. Eles são relacionados ao que a comunidade já sabe sobre o passado desses candidatos.
Na avaliação do senhor, o Brasil de hoje é formado por bons políticos ou por maus políticos?
Eu acho que ainda há uma maioria de bons políticos, mas os maus são muito organizados, até mais do que os bons. E isso causa um impacto muito elevado nas nossas instituições políticas. E é justamente, a tarefa da sociedade brasileira agora é diminuir ainda mais o percentual de pessoas desonrrosas que ocupam espaços importantes da nossa institucionalidade.
Quais são os próximos projetos que o MCCE deverá apresentar este ano?
Além de uma campanha educativa que continua sempre, pois é uma das características do movimento, nós vamos encabeçar uma campanha pela reforma política. Percebemos que é preciso ir mais além e transformar o sistema eleitoral brasileiro para diminuir o impacto do dinheiro ilegal que hoje financia as campanhas eleitorais. Faremos isso por meio de um novo projeto de lei de iniciativa popular. Ele será baseado em um projeto de consenso das organizações da sociedade civil sobre o que precisa ser feito para mudar o sistema eleitoral brasileiro. Este projeto proporá mudanças significativas no financiamento das campanhas eleitorais, que hoje é realizado por poucas e grandes empresas interessadas na mobilização dos recursos do orçamento. A ideia é também fortalecer os partidos políticos para que eles sejam mais ideológicos e não cabides de interesses particulares como atualmente. Também é preciso fazer um aumento da inserção da mulher na política já que o Brasil amarga uma vergonhosa posição 146 no mundo em termos de participação feminina no parlamento. Também é preciso aumentar os mecanismos de controle social nas eleições.
Com a experiência que o movimento já teve com a Lei da Ficha Limpa, este deverá ser mais um movimento vitorioso?
Com certeza. Se há uma coisa que ninguém aceita mais, é a manutenção do atual sistema eleitoral. Eu creio que ainda terá apelo social maior que no caso da Ficha Limpa. Está havendo um amadurecimento da sociedade civil organizada. O Brasil está se tornando um país mais democrático. E essa democracia está sendo construída de baixo para cima, como são exemplos essas leis de iniciativa popular. Esse novo perfil de movimentos sociais tem um perfil absolutamente plural e que se estende a diversos âmbitos das ideias e das bandeiras, ele agora se une em amplos movimentos para modificar a democracia brasileira.
As marchas contra a corrupção que aconteceram no ano passado e voltaram a acontecer no final de semana, são exemplos dessa mudança?
Essa é a grande novidade. Os movimentos não estão sendo pautados pelos movimentos políticos. Todas as grandes manifestações que já vimos foram agendadas por partidos, inclusive as Diretas Já, o impeachment do Collor. Agora não. Surge uma sociedade que não é anti-partidária e nem apolítica. Pelo contrário. São movimentos que acontecem fora dos partidos, mas na esperança de que os partidos e as eleições sejam aperfeiçoadas. Não são movimentos anárquicos ou anti-políticos, mas objetivam o aperfeiçoamento da democracia. E eles acontecem sem a liderança dos partidos políticos. Essa é a grande novidade histórica. Acreditamos que a reforma política só acontecerá com pressão popular. Há muito tempo que o debate sobre o assunto se arrasta no parlamento sem sinal concreto de que vá render uma efetiva mudança. Então, acreditamos que só mesmo a mobilização social poderá fazer com que o Congresso aprove tais mudanças.

FONTE: facebook  via Sônia Barbosa
https://www.facebook.com/profile.php?id=100000935809193



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Seminário discute a responsabilidade do voto de cada cidadão


Assistam pelo seu computador,  é só clicar no link abaixo no dia  26 de abril, às 19h :


CLIQUE NO LINK ABAIXO 

    http://www.camara.sp.gov.br/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=185



Sergio Serel publicadou em Sonia Barboza  / Via FACEBOOK

Seminário discute a responsabilidade do voto de cada cidadão

O Movimento Voto Consciente, em parceria com o Projeto Adote um Vereador, realizará nesta próxima quinta-feira, 26 de abril, às 19 h, na Camara Municipal de São Paulo, o seminário Eleições 2012, a Responsabilidade do Voto.

O evento, bastante oportuno, tendo em vista este ser um ano de eleições municipais, pretende esclarecer os papeis do vereador, do prefeito, do Legislativo e do Executivo. Visa também oferecer ao cidadão um melhor entendimento de sua responsabilidade na condução das políticas públicas necessárias para promover a cidadania e abordar o apoio da internet na participação política e sua contribuição nas eleições.

Participarão da mesa o presidente da Câmara Municipal, José Police Neto; o diretor Geral do Movimento Voto Consciente, Danilo Barboza; o historiador, Marco Antonio Villa, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade de São Carlos (UFSCar); o professor e Ph.D. em comunicação digital pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Lulli Radfahrer; e o responsável pelo Adote um Vereador, o jornalista Milton Jung, da Rádio CBN, que será o mediador do evento.

Seminário: Eleições 2012, a Responsabilidade do Voto

Data: 26 de abril (quinta-feira) às 19h

Local: Câmara Municipal de São Paulo

Endereço: Viaduto Jacareí, s/nº , centro de São Paulo

Entrada gratuita/ Estacionamento liberado na Câmara

O evento será transmitivo, via internet, pelo "site" da Câmara

Mais informações:

Ivone Rocha (11 7675-0462) e Sonia Barboza (9965 2337)

segunda-feira, 23 de abril de 2012


Eleições Municipais 2012: CARGO PÚBLICO NÃO É PRESENTE!

Recebemos o texto abaixo da colaboradora Liana Morisco.







Comecei o ano postando em meu blog, um vídeo sobre Marcelo Matheus, provável candidato a vereador da cidade de Campinas. A forma desrespeitosa com que ele se comportou durante a entrevista em uma rádio diante uma pergunta feita pelo Vlogueiro Daniel Fraga, mostrou que precisamos mesmo estar atentos aos candidatos deste ano. 
Para 2012, pensei em lançar textos de conscientização, tudo que eu observar que acontece colocarei aqui para que todos possam saber como agem os maus políticos.
É ano de eleições municipais e parece que o vale tudo já começou!
Por hora vou me ater apenas a compra de votos em troca de cargos públicos.
Tem candidato que acredita realmente que essa é uma forma honesta de garantir seu voto.Oferecer cargo público, comissionado ou de confiança é típico nas cidades do Brasil.
A Constituição Federal de 1988, trata separadamente destes dois cargos segundo art. 37:
Art. 37.

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.


V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Logo o que podemos concluir é que não serve como moeda de troca!
Cobrar o "dízimo" para o favorecido então é um crime ainda maior!!!
É claro que essa situação só existe porque além de políticos mau-caráter também temos pessoas sem-vergonha que vendem seu voto em troca de um emprego público.
É cômodo culpar apenas o político, mas as pessoas não devem compactuar com essa situação.
Poucos sabem que por trás dessa "simples" troca vem muitas outras coisas. Quem vende seu voto dessa forma, coloca um corrupto no poder, entrega sua vida nas mãos a ele, fica de rabo preso e a disposição de chantagens das mais baixas! Além de ser ilegal e imoral, quem vende o voto prejudica quem está no serviço público ou quem quer entrar por mérito através de concurso.
Apadrinhamento não é legal!!!
Por isso NÃO venda seu voto por um emprego público! O voto é seu, intransferível e SECRETO!
Lembre-se que dessa forma o que prevalecerá é o favorecimento de poucos em detrimento de muitos! O resultado será observado nos 4 anos mal governados. É o futuro de uma cidade, de um estado, de um país!
Esse ano é o ano da mudança, faça a sua parte!!!NÃO SE VENDA!


Você pode mudar essa situação, DENUNCIE: http://www.tse.jus.br/eleitor/disque-eleitor/disque-eleitor


Fonte:    http://lianamorisco.blogspot.com.br/    http://unidosporanalandia.blogspot.com.br/ 



quarta-feira, 4 de abril de 2012

Uma Crônica do Voto!


Uma Crônica do Voto!

por Lucas Moreira Martins Esteves, 22 anos, estudante

A parte da cidade que é engajada com a mudança do cenário político e social está afoita com a aprovação da lei da ficha limpa (Lei que prova em número, gênero e grau que o povo tem voz).
Mas espere! Vamos raciocinar juntos...
Você acha que a ‘banda podre’ pretende ‘largar o osso’ tão facilmente? Pense por um momento! Creio que sua resposta não seja tão diferente da minha... É claro que não vão!
Política de certo modo é uma cachaça, um vício, algo que beira a dependência, só quem entrou que sabe.
Mas o ponto que desejo humildemente abordar (é minha primeira vez e a primeira a gente não esquece) é o seguinte: Como ocorrerá essa perpetuação?
Na minha opinião ocorrerá assim: o candidato que não puder se candidatar agora em 2012, lançará um candidato para o qual transferirá seu curral eleitoral, transferirá seus votos. Óbvio não?
Mas este texto de opinião busca salientar e alertar o quão nociva pode se tornar a administração pública caso esse processo se concretize. Claro que nada vai mudar... Teríamos um vereador que age em função de outro já ‘viciado’. Por mais ineficiente que seja parte do nosso Legislativo, passaríamos a ter alguns vereadores despreparados, orientando pessoas muito mais despreparadas.
Estou mentindo? Há de fato em nossa cidade uma eficiência verdadeira? Penso que pior ainda serão ‘alguns laranjas’ que vão se sujeitar a isso, ou seja, servindo de marionete nas mãos de alguém que já não tem compromisso com o povo.
Precisamos é estar alerta para não cairmos em armadilhas! A boca do lobo está aberta e pronta para mastigar seu voto como se fosse uma presa fácil.
Se conquistamos algo tão precioso como a Lei da Ficha Limpa, façamos bom uso deste bem! Não vamos jogar no lixo um direito que nos foi garantido.
O voto é importante e pode salvar nossa pequena e jovem cidade das garras de algumas pessoas que querem que o mundo ‘acabe em barranco’ e que São José vire um poço de escândalos e piada.
Hahaha! Chega de história da carochinha, promessas absurdas; o povo tem se contentado com muito pouco ou quase nada.
Asfalto, Escola e Hospital são necessidades básicas, não se iluda! Lembre-se: Voto vale mais que dentadura, saco de cimento ou cinquentinha!
Através dele (consciente) alcançaremos mais facilmente a nossa tão sonhada dignidade, através da saúde, educação, emprego e desenvolvimento nas diversas instâncias.
São José parou no tempo gente! É fácil perceber quando observamos tantos outros municípios (até menores) se desenvolvendo e nós estamos ficando pra trás! Chega!
Vou parar por aqui, vou continuar vivendo meu sonho e seguindo minha caminhada para que um dia possamos ver essa tão maravilhosa cidade longe das garras dos covardes e omissos.
Concorde que já não dá mais, não moramos num eterno circo! Isso vai mudar! Façamos agora!

Fonte: O RIOPRETANO